Muitos anos atrás eu fazia parte de um grupo de estudo da Bíblia que foi crescendo com a vinda de vários de seguidores do Islã. Nós tivemos provavelmente cerca de 25 pessoas nos visitando ao longo do ano. Alguns vieram apenas uma vez, alguns vinham de vez em quando, alguns estavam comprometidos a vir regularmente. Mas, por nove meses, nós estudamos juntos o livro de Mateus e não vimos sequer uma pessoa entregar sua vida a Jesus. Vimos várias e várias vezes as pessoas crescendo em amor e admiração por Jesus, elas gostavam das suas palavras, dos seus ensinamentos, parábolas, milagres, etc. Mas ninguém estava pronto para fazer um compromisso com Ele… até a décima semana!
Em uma segunda-feira, nós estávamos estudando Mateus 23, onde Jesus está condenando a hipocrisia dos fariseus e líderes religiosos. Essa não é o tipo de passagem que geralmente é usada para levar uma pessoa a fé em Cristo. Mas olhar para a hipocrisia dos líderes religiosos nos levou a conversar sobre salvação pelas obras, sobre quem vai para o inferno e sobre quanto tempo a pessoa fica no inferno. A maioria dos muçulmanos tem a ideia de que o inferno é um tipo de purgatório, um lugar onde se fica para pagar pelos pecados.
Nós compartilhamos com eles que, segundo a Bíblia, não há como sair do inferno. Uma vez que você está lá, você ficará para sempre. Nossa amiga muçulmana disse “Bem, se os cristãos dizem que não tem como escapar do inferno, então eu não quero seguir a Bíblia porque não quero ficar preso lá.” Nós a respondemos dizendo “Deus providenciou uma maneira pela qual você não precisa nem ir para o inferno.” Isso prendeu a sua atenção. Então nós explicamos novamente (nós já tínhamos explicado o evangelho umas 15 vezes para ela!) como Jesus morreu pelos nossos pecados e como isso é um presente que nós podemos aceitar. Quando terminamos a explicação perguntamos se alguém queria receber aquele presente.
Dos seis amigos presentes na sala, quatro deles levantaram as suas mãos. Nós falamos sobre o que significa receber Jesus e o Seu presente, e oramos com eles. Depois que terminamos a oração com o “amém”, um dos novos convertidos levantou a sua cabeça com um grande sorriso e perguntou “eu sou um cristão agora?”
Foi uma noite fantástica, recheada de argumentos, discussões, risadas, orações, e quando tudo havia terminado veio a sensação de que a paciência compensou. Nosso grupo de amigos foi crescendo em amor por Jesus cada vez mais ao estudar as suas palavras e sentir a sua presença em suas vidas, até que eles alegremente O convidaram a entrar em seus corações sem hesitação.
Esta história foi fornecida por funcionários da Crossover Global que atuam no Oriente Médio.
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